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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Inclusão de Alunos com Surdez? Campo Bom.



            Inclusão de Alunos com Surdez?

Realizamos nossa pesquisa nas escolas da cidade de Campo Bom, na região do Vale dos Sinos. Localizamos duas escolas que atendem alunos surdos.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Dona Augusta, localizada na Rua Alvorada, 395, Loteamento Dona Augusta, atende três alunos surdos: dois alunos do 5º ano e um aluno do 1º ano. Os dois alunos que estudam no 5º ano são irmãos.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Centro de Educação Integrada - CEI, localizada na Rua 20 de Setembro, 515, Bairro Centro, também atende três alunos surdos, todos do 8º ano.
Os seis alunos possuem surdez total.
Todos os alunos, tanto da Escola Dona Augusta, quanto da escola CEI aprendem a Língua Brasileira de Sinais - Libras.
As duas escolas trabalham da mesma maneira, cada turma que atende aos alunos surdos possui dois professores: o professor titular e o professor tradutor/intérprete.
Os professores tradutores/intérpretes utilizam a Língua Brasileira de Sinais – Libras para traduzir aos alunos surdos o que o professor titular passa em aula.
Após a realização da pesquisa que foi feita em Campo Bom, Parobé e Taquara, encontramos apenas os casos referidos acima como práticas de inclusão. Com certeza estamos evoluindo na inclusão, porém necessitamos de uma maior formação dos professores e de investimentos nas escolas referente aos mais variados tipos de inclusão.

Notícia sobre a escola Dona Augusta e alunos surdos da instituição:








Mais do que uma noite para comemorar as melhorias da Escola de Ensino Fundamental da Dona Augusta, a última quinta-feira, dia 26, foi de celebrar a inclusão na escola. Com varias atrações preparadas pelos alunos e professores, o ponto alto da noite de apresentação das melhorias na escola à comunidade ficou por conta da apresentação de 30 alunos que, junto com os professores, fizeram uma dança coreografada da música Cuida de Mim, de Michael Sulivam, ao mesmo tempo em que traduziram a letra da canção para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a língua de surdo. Pais, alunos, membros da comunidade e autoridades acompanharam a encenação preparada pelas crianças que tem entre 6 e 11 anos de idade e que ensaiaram por varias semanas para fazer bonito diante da platéia, emocionando os convidados. Segundo a diretora da escola, Iara Martins Teixeira, a apresentação foi feita especialmente em homenagem ao aluno Gustavo, de 6 anos, que é surdo e para mostrar a todos a importância da inclusão. “Desde que ele começou a estudar aqui este ano os colegas e professores têm se esforçado para se comunicar com o Gustavo. Além da professora regular da sala dele temos uma educadora especial e ficamos felizes de ver cada vez mais a interação dele com as outras crianças e o esforço delas em se comunicar com ele. Queríamos mostrar como podemos manter esta comunicação se tivermos força de vontade”, afirmou a diretora.




            

11 comentários:

  1. O Decreto que regulamenta o atendimento educacional especializado nas escolas da rede pública de ensino regular assegura no seu art. 2º Que são objetivos do atendimento educacional especializado: prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular...
    A educação especial visa direcionar suas ações para o atendimento às especificidades desses alunos no processo educacional orientando a organização de redes de apoio, a formação continuada, recursos, serviços e ao desenvolvimento de práticas colaborativas...
    A escola enquanto ambiente de transformação exige um dinamismo de atuação pedagógica voltada para alterar a situação de exclusão e esse atendimento complementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência dentro e fora dela?
    Att. Luciane.

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  2. Olá pessoal.

    Na opinião de vocês, quais as implicações sociais do aprendizado de LIBRAS, por
    todos os alunos das escolas Dona Augusta e CEI, tanto do ponto de vista do aluno surdo quanto do ponto de vista dos alunos não-surdos?

    Abraço,
    Vinicius.

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  3. Acredito que a importância desta inclusão faz-se necessário tanto ao aluno com alguma necessidade especial como ao aluno sem nenhuma necessidade especial, pois acrescenta a ambos um aprendizado diferencial, dando a ambos oportunidade de crescimento, fazendo com que a realidade de ambos se torne normal sem diferenças e discr5iminações.

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  4. E esta relação é sempre positiva? Poderia de alguma maneira ser prejudicial ao aluno surdo? E neste caso, qual seria o papel do professor na situação?

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    1. Ainda não lecionei para algum aluno surdo, mas conheço uma pessoa surda e a mãe da mesma comentou o quanto foi difícil a inclusão da filha, de quantas vezes a filha pediu para não ir mais à escola, ela explicou de que era muito sacrifício para filha surda, muito difícil ela acompanhar a turma. Ela se formou no ensino médio há 10 anos... hoje está fazendo faculdade. Acredito que nestes últimos tempos tenhamos evoluído, acredito que os professores já conseguem lidar com essas situações. O professor que lida com esse tipo de situação, que perceba que o aluno surdo não está conseguindo acompanhar, deve pedir auxílio para supervisão pedagógica logo, para que o aluno não sinta vontade de desistir, afinal ele já tem uma necessidade especial e não podemos, como educadores, desistir de alguém.
      Priscila F. Kasper

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  5. Boa tarde,
    A inclusão tem um papel importante no que diz respeito a conviver na diversidade. Este trabalho da escola é belo, pois faz despertar em todos o interesse em aprender Libras.
    Em relação ao questionamento elaborado pelo tutor Vinicius – fiquei na expectativa das respostas de vocês. Respondem este questionamento para que possamos discutir esta questão, pois a mesma é muito pertinente.
    Abraço

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  6. Esta relação nem sempre é positiva, Lacerda (2000) aponta algumas desvantagens da prática de apoio do intérprete de línguas de sinais em sala de aula regular. A autora destaca que pode ocorrer uma indefinição do real papel a ser desempenhado pelo intérprete em relação ao aluno surdo e ao professor titular da turma. Também é possível que ocorram conflitos no que se refere ao poder educativo exercido por ambos os profissionais – o professor deve ser o responsável pelo conteúdo a ser ministrado em classe, mesmo sabendo que o intérprete é quem tornará esse conhecimento acessível ao surdo. Entretanto, o professor pode acabar desconsiderando esse aluno, delegando a responsabilidade total de sua aprendizagem ao intérprete. A autora também adverte que, na intenção de esclarecer as dúvidas do surdo, o intérprete tende a simplificar os conteúdos e estabelecer uma atuação pedagógica, sem, contudo, ter formação profissional para tanto.

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  7. Boa tarde Ana,
    Excelente esta autora que você trouxe para a discussão. Lacerda (2000) neste artigo faz um relato de uma experiência vivida na inclusão no ensino fundamental, ela traz uma perspectiva teórica e metodológica que corroboram fortemente com as pautas discutidas pela comunidade surda no que diz respeito à inclusão de alunos surdos.
    O convívio com a diversidade é importante, pois nos aproxima do que nos é diferente, minimiza conflitos, enfim. Mas a sempre o outro lado, como apontastes citando esta autora.
    Diante das políticas inclusivas do MEC, das lutas da comunidade surda, dos dados apontados pela autora, o que você acredita ser a melhor forma de conduzir a inclusão de um aluno surdo em uma escola regular?
    Apenas uma ressalva: Quanto citares autores coloque também a página.
    Estes questionamentos não são apenas para a Ana. Aguardo contribuições dos demais colegas!
    Abraço

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  8. Olá Ana.
    Qual seu nome completo?
    Tem duas Ana na turma e eu não consigo identificar.
    Por favor, assine no final de cada comentário.
    Abraço,
    Vinicius.

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  9. Acredito que a melhor forma de conduzir a inclusão de um aluno surdo em uma escola regular é através do cumprimento das políticas, da conscientização do respeito às diferenças por todos os envolvidos e principalmente do comprometimento dos profissionais da educação em sempre buscar práticas com novas atitudes e novas concepções sobre educação e inclusão. Ana Salino

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  10. Olá Colegas,

    Diante da concepção social da surdez que vem sempre acompanhada de preconceitos e estereótipos é preciso analisar o que geram tais preconceitos para buscar respostas as questões da surdez. As pessoas muitas vezes consideram os surdos como incapazes e associam a surdez com a deficiência mental, visto que o atraso na aquisição da linguagem acarreta problemas na sua aprendizagem e desenvolvimento, pois o pensamento dos surdos fica baseado em experiências concretas, havendo dificuldades de abstração. Entretanto os surdos possuem as mesmas potencialidades de desenvolvimento que as pessoas ouvintes, especialmente se tiverem acesso a um ambiente linguístico apropriado.
    Acredito e muito na inclusão só podendo acontecer quando temos todos os alunos inclusos , não apenas os especiais, relato uma experiência através da alfabetização de minha filha .
    Onde na Escola Municipal Moisés Mossmann em Parobé, há um caso de um aluno especial que foi colega de minha filha Maria Eduarda por três anos e todos os alunos sem exceção ajudaram e contribuíram para que o aluno fosse alfabetizado. Devemos desmistificar e acreditar na educação como ferramenta modificadora e incluirmos sempre todos os alunos.

    Everton Leonardo de Oliveira.

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