Escola Técnica Estadual Parobé
A Escola Técnica Estadual Parobé, também chamada Centro
Tecnológico Estadual Parobé, é uma das escolas técnicas mais antigas
do Brasil, localizada na
cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.
História da Escola
Foi fundado em 1 de julho de 1906 pelo
professor-engenheiro João José Pereira
Parobé, diretor da Escola de Engenharia, com o apoio e
participação de diversos colegas professores. Nomeado inicialmente Escola
Benjamin Constant, mais tarde Instituto Parobé, em 1917, destinado à
formação de meninos de famílias pobres com ensino de construções
mecânicas, marcenaria ecarpintaria, artes gráficas e artes do edifício.1 Destinava-se também à população de
baixa renda e o ensino, gratuito, era em regime de internato. Em iniciativa
pioneira, em 1920, foi criada
umaSeção Feminina, para preparar condutoras de trabalhos domésticos e
rurais.
Entre 1908 e 1928 o Instituto funcionava nos prédios hoje
denominados Château e Castelinho e, ainda, em outros pavilhões
posteriormente demolidos, mas a expansão de suas atividades obrigou à
construção de outra sede do Instituto, que mudou-se para ali em 1928, fazendo
parte do conjunto de Prédios históricos
da UFRGS. O projeto é do
arquiteto Chrétien
Hoogenstraaten, e sua construção
levou de 1925 a 1928.
Na década de 1970, com a separação dos Ensino Técnico Industrial
do Ensino Secundário (hoje Ensino Médio), a Escola passou
a abrigar, separadamente, turmas de segundo grau sem qualquer tipo de educação
profissional em suas dependências, mas sempre mantendo o foco na área técnica.
Além de escola, também é um importante centro de pesquisas e
desenvolvimento de tecnologias.
Está hoje localizada na Avenida Loureiro da Silva (Perimetral), no bairro Praia de Belas, bem próxima dos
limites desse com o Centro Histórico.
Em 2006, quando dos festejos do centenário, a Escola passou a expor
um busto de seu
patrono no pátio principal.
Cursos técnicos
oferecidos
A primeira escola de ensino fundamental
criada em Porto Alegre foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental José
Loureiro da Silva, fundada em 5 de novembro de 1955. Esta escola, inicialmente,
denominou-se Escola Municipal 5 de Novembro. De lá para cá, o Município
investiu maciçamente neste nível de ensino. Atualmente, a Rede Municipal de
Ensino (RME) atende 46.280 alunos (dados do SIE/RME de 03/2010), distribuídos
nas 55 escolas de Ensino Fundamental existentes em Porto Alegre.
Principais diferenças da escola antiga para a escola moderna:
· Técnicas de ensino
·
Tecnologias
·
Materiais
·
Alunos
Escola antiga
Há muitos anos, no tempo
de nossos pais e avós, as escolas eram muito rigorosas. As crianças sofriam
grandes pressões quando apresentavam alguma dificuldade, quando não conseguiam
aprender.
Era comum sofrerem castigos
por mau comportamento, responder a professora, não fazer os trabalhos de casa,
brigar com os amigos, sujar as roupas e várias outras coisas.
Os professores eram muito
rígidos, bravos e faziam uso de um instrumento chamado de palmatória, para
bater na palma das mãos dos maus alunos; que ficavam aleijadas, cheias de
bolhas de sangue. Outra forma de castigar os alunos era colocando-os de joelho
em cima de feijões ou milhos, o que fazia doer muito. Os puxões de orelha
também eram comuns na época.
Outro aspecto interessante nas escolas mais antigas é quanto ao nome das
mesmas. Estas sempre apresentavam o nome de alguma pessoa importante, como
político, juiz de direito, escritores, pessoas que haviam feito algum benefício para o município.
Contexto Histórico e Político do Brasil República
Durante a Primeira República a maior preocupação é preocupação a
instrução do povo, a preocupação de formar o “novo homem”, o homem cidadão.
Contudo, para que o indivíduo pudesse exercer sua cidadania ele necessitaria de
dois elementos: Ler e escrever. Explica Carvalho que o país tinha dois tipos de
cidadãos: o ativo e o simples. O cidadão ativo é aquele que possui além dos
direitos civis, os direitos políticos. São cidadãos plenos àqueles que a
sociedade julga merecedores da cidadania. Os cidadãos simples são aqueles que
só possuíam os direitos civis da cidadania
Na década de 1920, houve um entusiasmo geral pela
educação e uma fase de otimismo pedagógico. De acordo com Jorge Nagle foi
descrito na Educação e Sociedade na Primeira República - “Na medida em que se
torna a instituição mais importante do sistema social brasileiro, a escola
primária se transforma no principal ponto de preocupação de educadores e homens
públicos: procurou-se em especial mostrar o significado profundamente
democrático da educação primária, pois é por meio dela que a massa se
transforma em povo”.
Coube a educação esclarecer à
população, seus direitos e deveres, assim como o direito ao voto. A educação,
portanto, neste período era o instrumento de ascensão social do indivíduo que
vivia a margem da sociedade, mas também foi o instrumento de busca de ascensão
do poder da burguesia. Esse fenômeno que começou a usar a educação como
instrumento de “conscientização” e da busca em formar o “cidadão votante” foi
caracterizado por Jorge Nagle de entusiasmo pela educação.
Com todas as transformações sociais
anteriormente mencionadas e com o surgimento de movimentos ideológicos no
Brasil, o entusiasmo pela educação começa a ganhar forças. No período do
entusiasmo pela educação a escola é posta como instrumento de participação
política, isto é, pensava-se a escola com uma função explicitamente política. O
uso da palavra se refaz, gradativamente, na luta pela hegemonia da burguesia
urbana industrial.
A fase do otimismo
pedagógico começou a entusiasmar os principais governos estaduais do Brasil, o
que acendeu uma série de reformas de ensino. Com a introdução no Brasil das
idéias da escola Nova, obra de estudiosos tais como Fernando de Azevedo, Anísio
Teixeira e Lourenço Filho, que faziam parte dos reformadores estaduais, essas
teorias entraram de maneira incisiva na sociedade brasileira. É importante
saber que a percentagem de analfabetos no ano de 1900 era de 75%, de acordo com
o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística. Na
organização escolar brasileira percebe-se influência da filosofia positivista.
Com a República houve o estabelecimento de um sistema duplo em relação à
educação, a escola primária e profissional, era destinada ao povo e a escola
secundária e superior era um privilégio da elite.