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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Apesar de avanços na educação, Brasil ocupa baixa posição no Pisa

Embora não sendo assunto do curso, achei interessante publicar para podermos conversar, já que seremos nós que daremos estes números.
Segue matéria retirada do site http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-12-03/apesar-de-avancos-na-educacao-brasil-ocupa-baixa-posicao-no-pisa

São Paulo - Apesar de ter conseguido uma evolução significativa nos itens avaliados pelo ranking. Entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar. No entanto, desde 2003, o Brasil conseguiu os maiores ganhos na performance em matemática, saindo dos 356 pontos naquele ano e chegando aos 391 pontos em 2012, segundo os dados divulgados hoje (3).
Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil ainda está nas posições mais baixas do
A avaliação, feita pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), é aplicada a jovens de 15 anos a cada três anos. A pesquisa mede o desempenho dos estudantes em três áreas do conhecimento – leitura, matemática e ciências. Em 2009, o Brasil ficou na 54ª posição no ranking.
Entre os pontos destacados em relação ao Brasil também está o aumento percentual de estudantes matriculados. De acordo com o estudo, em 2003, 65% dos jovens com 15 anos frequentavam a escola. Em 2012, o país conseguiu matricular 78% dos adolescentes nessa faixa etária.
"Não só a maioria dos estudantes brasileiros melhorou o desempenho, mas também o Brasil aumentou a taxa de matrículas nas escolas primárias e secundárias", informa o relatório. Segundo o texto, as taxas de escolaridade para jovens de 15 anos aumentaram de 65% em 2003 para 78% em 2012. "Muitos dos alunos que agora estão incluídos no sistema escolar vêm de comunidades rurais ou famílias socioeconomicamente desfavorecidas, de modo que a população de alunos que participaram na avaliação do Pisa 2012 é muito diferente da de 2003", destaca o documento .
Mesmo com a evolução dos alunos em relação à matemática, o Brasil ainda está abaixo da média da OCDE, ficando no patamar de países como a Albania, Jordânia, Argentina e Tunísia. Comparando com a América Latina, a performance brasileira está abaixo do Chile, México, Uruguai e da Costa Rica. Porém, o país se saiu melhor do que a Colômbia e o Peru. A pesquisa ressalta que metade dos ganhos obtidos pelo Brasil em matemática se deve ao desenvolvimento econômico, social e cultural dos estudantes.
Apesar dos avanços, o Pisa mostra que há desafios em relação ao aprendizado de matemática. Na área, são seis os níveis de proficiência, sendo que o sexto nível é atingido apenas por 4,2% dos estudantes dos países que participaram do exame. A média brasileira atinge apenas o nível 1. Em um gráfico mais detalhado é possível observar que pouco mais de 60% dos estudantes brasileiros que participaram do exame estão no nível 1 ou abaixo dele. Pouco mais de 20% atingiram o nível 2. A porcentagem de estudantes que atingiu os níveis de 3 a 6 não chega a 20%.
Em leitura, o Brasil subiu de 396 pontos em 2000 para 410 pontos em 2012, colocando o país no mesmo patamar da Colômbia, da Tunísia e do Uruguai, abaixo da média da OCDE. Na América Latina, os estudantes brasileiros tiveram performance inferior aos colegas chilenos, costa-riquenhos e mexicanos. Mas, se saíram melhor do que os argentinos e peruanos. O estudo atribui a evolução do Brasil nesse item somente aos avanços econômicos e sociais no período.
A pesquisa mostra que 49,2% dos estudantes brasileiros conseguem, no máximo entender, a ideia geral de um texto que trate de um tema familiar ou fazer uma conexão simples entre as informações lidas e o conhecimento cotidiano. Apenas um em cada duzentos alunos atinge o nível máximo de leitura. Ou seja, cerca 0,5% dos jovens são capazes de compreender um texto desconhecido tanto na forma quanto no conteúdo e fazer uma análise elaborada a respeito.
Em ciências, o desempenho brasileiro também ficou abaixo da média, no nível da Argentina, Colômbia, Jordânia e Tunísia. O Brasil ficou, nesse item, atrás do Chile, da Costa Rica, do Uruguai e do México, mas à frente do Peru. Desde 2006, a performance brasileira saiu dos 390 pontos e chegou aos 405 em 2012. O estudo mostra que cerca da metade dessa evolução deve ser atribuída a mudanças demográficas e socioeconômicas da população.
*Colaborou Mariana Tokarnia
Edição: Talita Cavalcante
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Postado por Juliano Carlos

2 comentários:

  1. Colegas,
    Realmente houve uma evolução, mas se pensarmos a níveis maiores, se pensarmos nos recursos deste nosso pais, se pensarmos no que gastamos com verdadeiras futilidades, que neste assunto até não vem ao caso comentar, estamos "engatinhando" com nossos resultados nesta pesquisa. Há muito o que melhorar. Professores que não estudem pensando tão e somente no "canudo" a ser buscado ao final dos anos de formação. Instituições que se comprometam a formar cidadãos e não somente cumprir o protocolo do conteúdo passado e do índice de aprovação exigido. Lhes pergunto: "De que vale a aprovação sem a real consciência do conteúdo aprendido?" Realmente, amigos, temos muito a progredir. Nossas escolas públicas mostram alguns modestos progressos. E nesta busca temos a cobrança também direcionada às instituições privadas, que tanto arrecadam com as mensalidades altíssimas e não dão o mesmo desejado "altíssimo" índice de qualidade de ensino a nossos alunos. É um árdua caminhada mas, como futuro educador, tenho o compromisso de acreditar que é possível mudar esta situação.
    Cristiano Gularte - PARFOR

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    1. Pois é Cristiano, mas fica difícil pensar em qualidade de ensino quando nas escolas estaduais temos "regras" que praticamente impossibilitam a reprovação e que desestimulam o bom aluno a se superar. O que importam são os índices de aprovação.

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